Não vou esquecer quando há mais ou menos um ano e meio em um encontro que promovi em Curitiba, uma Consultora de Imagem muito fofa me perguntou: Então, é possível conciliar a vida profissional com a maternidade? E eu, cheia de orgulho no peito respondi: CLARO! Hoje venho publicamente pedir desculpas e me explicar a ela.
Há muito mais variáveis nesta resposta do que eu ingenuamente imaginava aos 5 meses da minha pitoca. Naquela época eu a alimentava e trocava fraldas de 3 em 3 horas e no intervalo ela dormia ou brincava quietinha no berço por muito tempo. O que esta mãe aqui não imaginava era o que estava por vir!
Bom, primeiro preciso explicar o contexto da minha realidade. Aqui nos EUA vivo sem qualquer ajuda de mãe, sogra, irmã, cunhada, amiga e menos ainda daqueles seres iluminados e tão indispensáveis chamados de “ajudantes/secretárias/empregadas domésticas” ou o nome que você quiser dar. Ou seja, aqui eu não conto com qualquer braço direito e não lembrava como é difícil viver sem “ele” a partir do momento que a criança começa a engatinhar. OMG!
Claudia querida, posso rebobinar e te responder de novo? Não, não posso! Sabe por quê? Por que não consigo marcar um Happy Hour como aquele. Não tenho tempo de concatenar um artigo pro blog. Não tenho energia para pensar em nada além de… que horas mesmo vou poder sentar e desligar de tudo? Este post que você está lendo? Planejado há uns 3 meses, iniciado umas 4 vezes e em produção agora que o marido vai chegar tarde e a pimpolha capotou de cansada 2 horas antes do normal.
Claro que esta realidade depende também da personalidade de cada criança. No meu caso, a fruta não caiu longe do pé e a Olivia é pilhada como a mãe dela. Eu AMO isso nela. Mas, como eu também sou pilhada e quero fazer mil coisas e ao mesmo tempo ser mãe nota 9,5 (por que nota 10 já não rola mais), sofro muito por não conseguir fazer o que eu entendo que deveria estar fazendo.
Mas, vamos para o lado positivo. Não tenho chefe!! Ninguém está ao meu redor me chamando, exigindo e eu falhando! Ou seja, sigo na pior das hipóteses na média! Aqui não rola ninguém dizendo: You are fired! Ou, na versão atualizada: You are terminated! (New Celebrity Apprentice com o governador já que o cara virou presidente)
Entendo que o dilema de trabalho versus maternidade bate em quase todas as mulheres. O que eu tenho hoje a dizer para a Claudia e também para a Érika e todas as outras Consultoras que já estão trabalhando ou para quem quer entrar nesta carreira é… VALE A PENA MESMO ASSIM! Afinal, somos modelos eternos para nossos filhos. Somos guerreiras que se não conseguem fazer tudo o que querem, fazem tudo o que podem. E o melhor de tudo, a nossa avaliação profissional com nossa consciência é ótima.
Não vou mentir, perdemos clientes? SIM! Perdemos espaço com a concorrência? SIM! Perdemos a ginga de dar conta de e-mails e textos e tudo ao mesmo tempo? SIM! Mas, não perdemos o melhor da vida, que é a vida em si!
Há momentos na vida em que precisamos avaliar o que realmente importa. Faça aquilo que te faz bem. Faça aquilo que permite uma noite bem dormida. Nem sempre a resposta mais fácil é a correta e sabemos apenas o que nos pertence. O seu mundo pode ser mais fácil ou mais difícil, mas é o seu mundo. Faça sempre o melhor com as ferramentas que estiverem à disposição no momento e não haverá razão para arrependimento.
Se a decisão de carreira for pela Consultoria de Imagem? Vamos fazer acontecer dentro da realidade deste mundo que é apenas teu e diferente de todos os outros. Manda um e-mail! Me chama para um drink! Me liga! Call me maybe!
É possível conciliar a carreira de Consultoria de Imagem com a maternidade? SIM! Só requer mais empenho e coração aberto às mudanças!
Beijo!
(Em razão dos vários contatos sobre o curso, segue o link com maiores informações www.brasilian.com/ircny/curso2017/)